segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cartago

Vista da Cidade

Cartago (em árabe: قرطاج‎, transl. Qartaj; em berbere: Kartajen; em grego antigo: Καρχηδών, transl. Karkhēdōn; em latim: Carthago ou Karthago; do fenício: Qart - ḥadašt, "Nova Cidade") é uma antiga cidade, originariamente uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia. 
Neste local o mar Mediterrâneo se estreita, entre a costa africana e a Sicília. Local de clima agradável, o deserto impedia qualquer ataque vindo do interior. Por mar, nem pensar, porque seria enfrentar os maiores navegantes da época.Os fenícios escolhiam os locais para fundar seus entrepostos baseados na estratégia comercial. O local deveria ser de fácil acesso por mar, ter portos protegidos em baías amplas e ter facilidade de acesso a matérias primas e pontos de venda.Foi uma potência na Antigüidade, disputando com Roma o controle do mar Mediterrâneo. Dessa disputa originaram-se as três Guerras Púnicas, após as quais Cartago foi destruída.

A Lenda

Das cidades fenícias, Tiro era a mais importante, chamada a pérola do oriente. Grandes comerciantes, exímios navegantes, os fenícios compravam, vendiam e dominavam os mares, povo pacífico, sua riqueza se baseava no comércio.
A história ou lenda da fundação de Cartago começa por volta de 814 a.C. nos versos do poeta Virgílio.
O rei de Tiro, Mutto, tinha dois filhos, Pigmalião e Elisa. Com sua morte eles herdam o reino.
Pigmalião desejando governar sozinho, mata o marido de Elisa. Esta de nada sabe e continua pensando que o marido estava vivo. Até que um dia, Sicharbas (o marido) aparece no sonho de Elisa e lhe conta toda a verdade, pedindo para que ela fuja de Tiro.
Para a fuga, ela desenterra o tesouro que o falecido marido lhe indicara onde estava. Na surdina, Elisa prepara navios, escravos e convence os nobres descontentes a se juntarem a ela. Assim ela foge rumo ao ocidente.
Seus navios fazem escala em Chipre onde embarca o sacerdote de Zeus e 80 virgens que Elisa leva, para se casarem com os nobres tírios embarcados.
Desse ponto em diante, Elisa passa a ser chamada Dido, A Errante
A lenda prossegue com a chegada à costa africana, e as negociações com os nativos para ocupar terras. Os nativos eram líbios da tribo dos maxios. Conta a lenda que Dido só poderia ocupar o tanto de terras que fosse coberto por uma pele de boi.
Vamos atentar ao fato de que Dido, era fenícia (não poderia negar a fama de bons negociantes de seu povo) então ela cortou a pele em tiras bem finas e com elas rodeou uma colina que foi chamada Byrsa (pele de boi em grego).
Assim foi fundada a cidade chamada Kart-Hadasht (nova capital) em fenício.

Como Tudo Começou

Cartago foi fundada pelos tírios, mesmo observando a lenda, Dido era tíria. Tiro era uma cidade da Fenícia e o povo fenício era um caso a parte, na época.

Os fenícios eram um povo de origem semita que provavelmente vinham do Golfo Pérsico ou da Caldéia. Acredita-se que tenham chegado as terras que hoje formam o Líbano por volta de 4000 a.C.
As cidades-estados fenícias funcionavam como uma federação e capitaneadas pela cidade de Tiro, fundaram entrepostos comerciais em parte da Sicília, sul da península Itálica, no litoral da península Ibérica e no norte da África, onde surgiu o entreposto que se tornou a famosa Cartago.
A cidade de Cartago foi fundada em 814 a.C. e em 500 a.C. a cidade já era poderosa. Os fenícios dominavam a metalurgia, fabricavam ligas de ouro e outros metais, faziam armas e objetos de cerâmica. Mas, seu grande poder vinha de sua frota naval.
Nessa época, Roma estava nascendo, era uma pequena cidade da Itália enquanto Cartago era a dona do Mediterrâneo.
Um povo nada belicoso, que se desenvolveu através do comércio e não de guerras, hábeis navegantes que usavam sua capacidade naval apenas para negociar. Fundaram entrepostos comerciais em diversos pontos do Mediterrâneo, mas nunca ocuparam mais terras do que o necessário e nunca atacaram outros povos gratuitamente.
Nenhum dos muitos entrepostos fenícios foi como Cartago.
A cidade de Cartago era envolvida por uma muralha e possuía prédios de vários andares. Através dos vestígios encontrados, se sabe que, a cidade alta ficava na colina de Byrsa, a cidade baixa rodeava o porto.
Os estudos atuais praticamente comprovam a existência dos famosos portos de Cartago. Havia um porto para os navios mercantes e outro para os navios de guerra.

Poder e Riqueza

Cartago, por estar afastada fisicamente da Fenícia, prosperou enquanto no oriente, as cidades-estados fenícias foram atacadas pelos assírios e depois pelos babilônios.
No perímetro do mar Mediterrâneo era Cartago quem dava proteção aos entrepostos fenícios.
Politicamente, Cartago era uma talassocracia assim como a Fenícia, um Estado governado por homens ligados ao mar.
Havia uma constituição, o chefe de Estado era um juiz chamado Sufete, mas quem de fato tomava as decisões, era o Senado e seus 300 membros.
Os cartagineses não possuíam exército e nem confiavam nos militares. Se fosse preciso, contratavam mercenários, que eram liderados por generais cartagineses.
O povo era pacífico e se fosse possível evitava guerras.
Os cidadãos de Cartago eram alfabetizados e davam especial valor ao desenvolvimento profissional. Vamos dizer que Cartago se tornou uma república aristocrática, era uma região muito rica e cobiçada.
O cronista Diodoro de Sicília conta, que lá havia pomares e jardins, rios canalizados, casas de campo luxuosas. As terras eram cultivadas com vinhedos e oliveiras, além de outras árvores frutíferas. Havia gado, rebanhos de ovelhas e cavalos.
Os tempos de paz permitiram que Cartago usufruísse do que havia de melhor.

Religião

O povo de Cartago conservou as crenças religiosas dos fenícios. Tanit era a Senhora de Cartago, Baal Hamon, Eschmun, Melqart e Astarte eram alguns dos deuses principais.
Os estudiosos ainda não estão certos quanto ao uso do Tofet. Essa é uma palavra hebraica e significa, santuário a céu aberto.
É possível que ali fossem praticados sacrifícios humanos ao deus Baal. Foram encontrados no Tofet jarras contendo ossos carbonizados de crianças. Talvez o Tofet fosse um cemitério, não há nada ainda, que aponte o uso exato do local.
Os cartagineses davam mais importância à monogamia e eram mais severos com os assuntos religiosos do que os fenícios orientais.

O Controle do Mediterrâneo

A partir de 800 a.C., a Fenícia fez parte, sucessivamente, do Império Babilônico, do Império Persa e do Império Macedônico.
Com a queda de Tiro, em 332 a.C. a hegemonia passou para Cartago, que se tornou a grande potência do Mediterrâneo ocidental, dominando os entrepostos da Sicília, Sardenha, Córsega e Espanha.
Os gregos, nessa altura, estavam aprendendo tudo o que podiam sobre navegação e construção de barcos com os seus até então parceiros, fenícios.
Por causa de seu interesse sobre a Sardenha e a Sicília, os gregos resolveram testar os fenícios.
No oriente, a Fenícia não dava conta dos ataques de Nabucodonosor II e quem saiu em defesa dos interesses fenícios foi Cartago, assim se afirmando como a potência maior.
Gregos e cartagineses se enfrentaram inúmeras vezes durante várias gerações pelo monopólio do Mediterrâneo, que acabou nas mãos dos romanos.

Guerras Púnicas

Púnico – latim = poeni
Esse era o nome pelo qual os romanos chamavam os cartagineses.
Por volta de 300 a.C. Roma já começava a se tornar um Estado militarizado, mas não possuía uma frota, muito menos navios da qualidade dos cartagineses.
O fato de Cartago superar os gregos, e sua marinha poderosa manter o controle sobre as ilhas cobiçadas pelos romanos, como a Sardenha, fazia com que Roma os invejasse.
Era preciso saber como eram feitos aqueles navios.
A primeira guerra púnica começou com os romanos, que desrespeitaram um acordo de não invadir a Sicília. Os romanos perderam 700 navios e os cartagineses 400. Mas, a sorte estava com os romanos que capturaram um navio cartaginês.
Desmontado, o navio foi copiado e assim os romanos construíram uma frota e introduziram novidades, como o corvo, que era uma espécie de ponte móvel que usavam para abordar os barcos inimigos. Dessa forma partiam para a luta corpo a corpo que era onde se destacavam.
As guerra púnicas são conhecidas e muito estudadas, de modo que, é preciso apenas frisarmos que os cartagineses não eram afeitos a guerras e nem mesmo aos militares, e com isso levaram grande desvantagem.
É preciso mencionar também a coragem, a bravura de Amílcar e seu filho Aníbal cujo nome significa amado de Baal.
Amílcar abafou a revolta dos mercenários que voltaram da primeira guerra derrotados. Conseguiu ocupar um terço da península ibérica, assim se fortificou e acumulou riquezas para enfrentar a segunda guerra.
Aníbal, filho de Amílcar, aos nove anos jurou jamais ter relações amistosas com os romanos. Foi ele quem assumiu o comando dos cartagineses na península ibérica.
Ao tomar a cidade de Sagunto foi ameaçado pelos romanos, mas não voltou atrás e foi assim que acendeu o estopim da segunda guerra púnica.
Homem de coragem, inteligência e um grande general foi durante muitos anos uma terrível ameaça para os romanos. Ele só foi derrotado porque seus mercenários mudaram de lado.
Aníbal voltou a Cartago derrotado, mas a despeito da antipatia dos cartagineses para com os militares, ele foi recebido como herói. O povo reconheceu sua coragem e bravura.
Entre a segunda e a terceira guerra púnica, os romanos conquistaram a Macedônia, Grécia, Ásia Menor e Síria.

O Fim

Em 149 a.C. Cartago já não era mais ameaça para os romanos mas ainda detinha o território de Túnis (Tunísia).
O senador romano, Catão, decidiu tomar Túnis e para isso mandou o exército destruir Cartago. A ordem:
Delenda est Carthago ou Cartago deve ser destruída.
O general encarregado dessa ingrata tarefa foi Cipião Emiliano. Apesar dos seis dias de resistência, os romanos derrubaram as muralhas, a população foi assassinada, as casas demolidas, os que sobreviveram foram transformados em escravos e, dizem, sobre o solo espalharam sal para que nada mais germinasse.
O general romano Cipião Emiliano teria chorado após a vitória, quem sabe imaginando que Roma também pudesse vir a passar por tamanha violência ou talvez, com pena de arrasar uma civilização notável.

Retirado do Sítio Wikilivros

sábado, 30 de outubro de 2010

A Passarola Voadora do Padre Bartolomeu de Gusmão

A Passarola Voadora
Em dezembro de 1685, nascia na então Vila de Santos, em São Paulo, filho de Francisco Lourenço, cirurgião-mor do Presídio da Vila de Santos, litoral paulista, e de sua mulher Maria Alvares, o jovem Bartolomeu Lourenço de Gusmão. Rapaz brilhante, de idéias avançadas para sua época, logo se destacou. Fez os estudos primários em Santos, seguiu para o Seminário de Belém (Bahia), a fim de completar o Curso de Humanidades, vindo a filiar-se à Companhia de Jesus, sob a orientação do grande amigo de seu pai e fundador daquele Seminário, Padre Alexandre de Gusmão. 
Em 1709, anunciou à corte que apresentaria uma "Máquina de Voar". Em 19 de abril daquele ano, recebeu autorização do Rei D. João V para mostrar o seu invento perante a Casa Real.
Em 3 de agosto de 1709 foi realizada a primeira tentativa na Sala de Audiências do Palácio. No entanto, o pequeno balão de papel aquecido por uma chama incendiou-se antes ainda de levantar vôo. Dois dias mais tarde, uma nova tentativa deu resultado: o balão subiu cerca de 20 palmos, para verdadeiro espanto dos presentes. Assustados com a possibilidade de um incêndio, os criados do palácio lançaram-se contra o engenho antes que este chegasse ao tecto.
Três dias mais tarde, exactamente no dia 8 de agosto de 1709, foi feita a terceira experiência, agora no Pátio da Casa da Índia perante D. João V, a rainha D. Maria Anad e Habsburgo, o Núncio Cardeal Conti, o Infante D. Francisco de Portugal, o Marquês de Fonte, fidalgos e damas da Corte e outros personagens. Desta vez, sucesso absoluto. O balão ergue-se lentamente, indo cair, uma vez esgotada a sua chama, no Terreiro do Paço. Havia sido construído o primeiro engenho mais-leve-que-o-ar. O Rei ficou tão impressionado com o engenho que concedeu a Gusmão o direito sobre toda e qualquer nave voadora desde então. E para todos aqueles que ousassem interferir ou copiar-lhe as idéias, a pena seria a morte.
O invento do Padre chamou-se Passarola, em razão de ter a forma de pássaro. O Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão faleceu em 19 de novembro de 1729, em Toledo, na Espanha, sendo considerado pelos seus feitos a primeira e a mais bela página da Aeronáutica.

A Aeronáutica Pré-Colombiana: Dos Incas Voadores de Nazca ao Padre Voador
Bartolomeu de Gusmão
Os padres jesuítas tem um "ano sabático", quando viajam para outros países por um ano, para conhecer outros costumes, culturas diferentes, ampliando a visão de mundo; Em 1705, o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão foi à Bolívia, onde os espanhóis escravizavam os indígenas. Lá, segundo lendas orais, Bartolomeu teria ajudado um índio a fugir do cativeiro e este o teria levado a uma cidade de pedra na cordilheira dos Andes.
Os espanhóis ficavam surpresos com os templos incas por não terem escrita, e sim muitas cortinas de cordinhas pelas paredes; o indígena teria explicado a Bartolomeu que as cordinhas Quipuas seriam a escrita, nós de vários tipos em espaços equivalentes a uma partitura musical, escrita fonética parecida com nosso código morse. Por três meses o escriba inca teria traduzido as Quipuas e ditado segredos pagãos, não-cristãos, ao padre santista.
O Império Inca, que Pizarro vence traindo o inca Atahualpa, tinha estradas, distribuía excedentes de colheitas em vilarejos distantes centenas de quilômetros em terreno montanhoso, usava as Lamas como animal de carga, mas nunca tiveram carroças, a roda era conhecida mas usada apenas em brinquedos de crianças, um império gigantesco unificado e funcionando com poucas estradas e sem rodas ou carroças, onde mensagens chegavam de um extremo a outro do império em velocidades superiores as dos europeus civilizados ( aliás, enquanto os europeus comiam com facas e dedos, os pré-colombianos usavam garfo e faca sem sujar os dedos de gordura).
Em 1708 Bartolomeu chega a Lisboa, Portugal, onde o Rei Don João V concede ao padre vindo do Brasil uma pensão para desenvolver um projecto secreto muito, muito misterioso...
No dia 5 de agosto de 1709 , Bartolomeu apresenta a sua "Passarola", uma gôndola semelhante em desenho a um capacete militar de nobre inca, com um fogareiro e uma enorme cortina de tecido grosso costurada como um saco gigante.
A "Passarola" tinha uma sofisticada engenharia, com até mesmo um avançado leme que permitia manobrar com os ventos, velas laterais ao balão, tubos de foles que conduzem o ar quente , duas asas laterais que a equilibram durante as manobras, espaço para dez a doze passageiros ou carga com peso equivalente, duas esferas magnetizadas que criam tensão entre dois imãs e o corpo folheado a ferro da gôndola, toda esta tecnologia altamente sofisticada de navegação aérea teria sido, alegava Bartolomeu de Gusmão, ensinada a ele pelo ex-escravo, o escriba.
Lamentavelmente, o padre Bartolomeu foi chamado pela Igreja Católica. É interrogado pelo Santo Ofício da Inquisição e acusado de heresia: Somente os anjos podem voar, e um povo não-cristão não pode ter esta benção divina de voar como anjos do céu, céu onde está Jesus com a Virgem Maria; acusado de ter parte com o demônio, Bartolomeu é condenado a nunca escrever sobre as duas experiências de agosto e outubro de 1709, nem falar a respeito e muito menos tentar construir outra "Passarola". O aparelho voador e todos os cadernos de anotações e desenhos de plantas feitas entre os incas foram confiscados e levados para o Arquivo do Vaticano, parte da famosa biblioteca do Vaticano, em Roma, em cujos subterrâneos estão encerrados até hoje.
Desnecessário sublinhar que Don João V pretendia construir em série as "Passarolas" com objetivos comerciais; Portugal teria o monopólio do comércio e transporte aéreo na Europa e em suas colónias africanas; da Índia, na cidade portuária de Goa trazendo especiarias; de Macau na China as sedas e porcelanas, de Timor na Oceania e do porto artificial feito pelo Shogun frente ao porto de Nagasaki no Japão até mesmo a sua grande colônia do continente americano, o Brasil.
O sonho português deste projecto era aproximar a lusofonia (os povos do mar que falam a língua portuguesa) e acelerar o comércio entre as suas colónias pelos cinco continentes, um mundo unificado pela aeronáutica portuguesa.
Logicamente, mesmo a Inquisição não pode parar os boatos, diversos livros surgiram escritos em alemão, italiano, francês, espanhol e outros idiomas relatando o milagre tecnológico do vôo, graças a estes registros estrangeiros é que se sabe o quê e como aconteceu, descrito por diplomatas e comerciantes que foram testemunhas oculares do vôo.
A igreja ridicularizou Bartolomeu, dando-lhe o apelido de "Padre Voador" e impedindo de responder aos insultos ou explicasse a sua obra pelo resto da vida...as intrigas da corte fá-lo-iam cair em desgraça, tendo-lhe valido os jesuítas quando a Inquisição já o perseguia. Levam-no para Espanha, em 1724, onde morre indigente e com nome falso, no hospital da Misericórdia de Toledo, a 19 de Novembro.
Somente em 1783 , 50 anos depois, é que os irmãos Montgolfier apresentam o seu pioneiro aeróstato, o primeiro balão registrado oficialmente (o Vaticano tinha as plantas de outro projecto tecnologicamente muito mais avançado mofando no arquivo morto por meio século antes).

Pesquisas Recentes
O fundador da companhia aérea "Air Florida", Jim Woodman, sobrevoou Nazca em 1973 e ficou fascinado com o quebra-cabeças desenhado para ser visto do céu , e pesquisando cerâmica Nazca encontrou vasilhas com imagens de balões e pipas-papagaios carregando homens a bordo, além de muitas lendas incas locais sobre feitos heróicos de homens voadores.
Woodman chegou com suas pesquisas até a história do "padre voador" Bartolomeu de Gusmão, e chegou até mesmo a construir seu próprio balão, batizado de Condor I, todo construído empregando material de Nazca, algodão semelhante ao encontrado enfaixando as múmias incas, lã de Lama, madeira local , cordas etc..e o desenho seguia as descrições da "Passarola" de 1709.
O interessante é que o balão tinha a forma de tetraedro, uma pirâmide invertida com 27 metros de altura, baseada em desenhos das cerâmicas arqueológicas dos museus peruanos, enquanto a gôndola era feita de caniços de totora trançados (uma planta de cabo oco parecido ao bambu que nasce às margens do lago Titicaca, bem na fronteira entre Peru e Bolívia).
Somente em Novembro de 1975 o Condor I faz seu vôo inaugural na presença de 30 pessoas, incluindo o campeão inglês de balonismo, Julian Nott (que foi co-piloto de Woodman), o grupo abriu um fosso para produzir a fumaça, ao lado das figuras no mesmo lugar onde há marcas seculares de fogueiras rituais incas, o tecido do balão foi defumado para impedir vazamentos de ar quente.
Esta civilização inca, um império unificado da era pré-colombiana, com estradas e lamas mas que nunca precisou de rodas e carroças (conhecendo-as, mas usando apenas como brinquedo de crianças) , teria empregado balonismo numa sofisticada aeronáutica para transporte de cargas e passageiros, aproveitando as correntes de vento naturais da cordilheira de montanhas dos andes, e chegando ao luxo de fazer figuras decorativas para distrair os passageiros da linha aérea que sobrevoava a planície de Nazca.
Logicamente, a Igreja Católica Apostólica Romana apagou todos os registros desta heresia, condenou ao silêncio o "padre voador" e arquivou nos subterrâneos do Vaticano qualquer referência ao povo cujo imperador, o Inca, era considerado um Deus vivo , um povo pagão que voava em balões cheios de demoníaco ar quente das fornalhas do inferno, desafiando Deus ao levar um padre santista até o Céu, onde subiu com o corpo de Jesus e a Virgem Maria e foi arrebatado o santo patriarca Enoque.
Teologicamente, só um santo homem pode ir ao céu, se todos pudessem voar, ou todos seriam santos ou os santos poderiam deixar de ser assim considerados.
Hoje, após a Inquisição espanhola e a destruição da cultura inca, com massacre de xamãs, sacerdotes e escribas que davam nós em cordinhas-quipuas, não há nenhuma prova aceitável da existência da Aeronáutica Inca, resta o mistério da "Passarola" e o experimento do Condor I como provocação para inquietar pesquisadores e incomodar os padres que obrigaram Galileu a negar a sua teoria de que a terra girava em torno do sol.

Retirado do Blog Hoje deu-me para isso...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Atlântida - O Continente Perdido

De Semideuses a simples mortais


Pese a seu enorme poder e a todas as riquezas que os rodeavam, os atlântidas depreciavam tudo aquilo que não fosse virtude. Rendiam culto à moral e prevalecia sempre a verdade acima de qualquer coisa. Não se sentiam apegados aos bens materiais e desconheciam o que era ambição. Seu tratamento era afável, próprio de sábios e apenas conheciam o significado do luxo e da ostentação. Estamos no momento ao que a Bíblia se refere como a idade em que os deuses transitavam pelas terras. Mas desgraçadamente esse caráter divino iria desvanecer-se por causa da familiaridade com os humanos. As numerosas uniões com elementos mortais corrompiam sua forma de ser, e pouco a pouco surge a avareza, o desejo de conquistar novos domínios, de subjugar a outros povos as quais acreditavam inferiores. Se enredam em uma cruel guerra com a Grécia à qual vencem irremissivelmente. Então Zeus, vendo que uma raça memorável havia caído em um triste estado e que se levantavam em armas contra toda a Europa e a Ásia, os fez desaparecer da face da Terra.
Tragada pelas águas
Se produziram enormes terremotos e choveu torrencialmente durante um dia e uma noite. Todos os habitantes foram afogados e a ilha submergiu no mar. No entanto, Platão não nos dá muitos detalhes sobre este desastre que levou a Atlântida para sempre. Seu relato é interrompido quando Zeus reune aos deuses para informar-lhes do corretivo que pensa aplicar. A história deveria continuar em um terceiro diálogo, que infelizmente não se sabe se foi escrito, porque não se tem notícias de sua existência.
Realidade ou ficção científica
Não existe indícios de que a história escrita por Platão se trata somente de pura fantasia. Pelo contrário, adverte repetidamente que tudo o que conta ocorreu de verdade, inclusive avisando que os fatos podem parecer irreais por sua magnitude. Somente mudam os nomes originais para aproximar mais o relato à vida cotidiana da Grécia. Em suas obras sempre fica evidente que se trata de histórias reais ou utópicas, e, portanto, temos que entender que Platão acreditava na existência da Atlântida e na veracidade dos acontecimentos que nos narra. Hoje os estudiosos do grande filósofo, especialmente os que o tratam sob o prisma da escolástica, silenciam de forma sistemática o conteúdo destes Diálogos, mas em uma época, especialmente durante o renascimento, as teorias atlântidas platonianas gozaram de um auge e credibilidade inusitados. Basta dizer que Rafael, na hora de pintar Platão na "A Escola de Atenas", escolhe precisamente o Timeu como o livro que o filósofo sustenta em suas mãos, e não faltou quem disse que com ele se pretende indicar que no mesmo está encerrada a mais profunda sabedoria.
A odisséia da Atlântida
Não é este o único relato que existe de um país perdido no meio do oceano Atlântico, que, por certo, deve seu nome a este continente desaparecido. Está claro, pelas instruções que Ulisses recebe da rainha Calypso, que lhe diz que para voltar a sua pátria e manter a ursa polar à sua esquerda, que em seu longo périplo (diário de navegação) havia abandonado o Mediterrâneo adentrando-se em mar aberto. Ali lhe apareceu Poseidon, inimigo acérrimo do herói homérico, e tem que refugiar-se em uma ilha que chama Esqueria. Estava cheia de escarpados alcantilados, com uma enorme entrada para que os navios chegassem a um porto interno no qual cabia folgadamente a frota grega. O canal estava coberto, de forma que a navegação era subterrânea. A ilha gozava de um clima tropical, de noites quentes, que propiciava duas colheitas ao ano e uma vegetação exuberante. Havia riquezas nunca vistas por todas as partes, especialmente no palácio real, que estava totalmente coberto de metais preciosos. É francamente surpreendente a semelhança dos relatos, que não se reflete unicamente na descrição da ilha, como também em sua história. Segundo Homero, seu fundador havia sido Poseidon ao unir-se a uma semimortal de grande beleza chamada Peribea, cuja descendência povoou a ilha até o momento em que chega Ulisses, em que governava Alcinoo, rei dos feacios, que tinha um nutrido exército praticamente invencível. As ciências estavam extraordinariamente desenvolvidas, especialmente quanto se refere à navegação. Cabe supor o assombro de Ulisses, costumado marinheiro que demorou dez anos para encontrar seu porto, ao saber que os insulanos contavam com navios sem timão, governados por pilotos automáticos, que sabiam perfeitamente aonde dirigir-se e que possuiam um inquietante conhecimento sobre o pensamento e querer dos homens.
A Atlântida na Bíblia
Rebuscando entre os velhos livros sempre um se acaba topando com a Bíblia. E também ali se encontram alguns vestígios de um continente engolido pelas águas. Ezequiel dedica várias passagens de seu livro a um arquipélago ao qual denomina as Ilhas Tarsis. Nos refere suas riquezas, o luxo, os metais e prazeres que levam a uma completa decadência e por último o aviso de Deus, que seria cumprido em vista da escassa efetividade que teve: "farei subir por ti o abismo e muitas águas te cobrirão" (Ez. XXVI-19).
Outros indícios
Os índios americanos, especialmente os maias e aztecas, diziam ter vindo de uma ilha situada no meio do oceano mais além do Golfo do México à qual chamavam Aztlan, na qual reinava um soberano conhecido como Atlanteoltl. Coincidência? Pode ser, mas na Grécia "atlas" é um adjetivo que significa "incansável", e que foi aplicado a um filho de Zeus porque em castigo por transformar os Titãs em montanhas, os deuses do Olimpo o condenaram a sustentar o céu sobre suas costas, e que como tal vocábulo não tem nenhuma conotação marinha, como ocorre com este radical nos idiomas pré-colombianos. Resulta curioso, além disso, que Orellana nos relata que no transcurso de sua conquista em terras venezuelanas, os índios lhe mostrassem alguns mapas que nos descrevem exatamente igual que Platão o fizera, a ilha Atlântida.
Outros relatos nos trazem memórias de paraísos nos quais praticamente não se conhecia a propriedade individual, nem o dinheiro; onde a terra era de todos e não existia a mentira, nem as enfermidades, e reinava a mais absoluta paz. Com estas ou parecidas palavras evocavam um passado remoto, que não voltaria jamais.
Uma crença compartilhada
E todos coincidem mais ou menos em sua localização, mais além do Mediterrâneo, no meio de um grande oceano desconhecido. E também se assemelham quanto à catástrofe que os sepultou para sempre debaixo das águas. Os vascos tem uma lenda de um povo submerso em meio de um enorme cataclismo no qual se desenvolve uma singular batalha entre o fogo e a água. Gilgamés se lamenta do destino de alguns homens para os quais teria sido melhor morrer por causa da fome, que em conseqüência de um dilúvio. De forma parecida se refere o Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos) às pessoas de Ad, uma raça muito avançada, que havia construído a cidade das colunas e que foi aniquilada por Alá por causa de sua maldade.
Talvez estamos nos referindo, com outros nomes e sem sabê-lo, aos povos perdidos de variadas culturas. Por exemplo, Avalão, a ilha das maçãs, também chamada Afortunada, paraíso dos galeses, famosa pela longevidade de seus habitantes; Walhala, o paraíso dos guerreiros germanos onde somente repousavam os valentes. O caso é que em quase todas as civilizações, incluída a tibetana, egípcia, hindú, mesopotâmica, maia, pré-inca e chinesa sempre aparece um povo desaparecido sob as águas do mar, cujos habitantes se espalharam por todo o mundo, derramando ali onde passavam a semente de uma cultura superior extraordinariamente desenvolvida.
Há 12.000 anos
Platão morreu em 348 antes da era cristã, o que somado aos 9.560 anos, segundo nos diz, até que ocorreu o desastre que submergiu a Atlântida, nos situa na barreira dos 12.000 anos, época em que se tem absoluta constância de que algo ocorreu que varreu por completo a face da terra.
Existe uma quantidade enorme de dados que, processados com radiocarbono 14, confirmam uma repentina mudança em sua estrutura além dessas datas. O bosque petrificado de Wisconsin (EE.UU), os fiordes argentinos em cujo fundo foram detectadas gargantas que somente puderam ser formadas pelo curso das águas fluviais de superfície, os mamutes congelados que foram encontrados na Sibéria e que serviram de almoço aos cachorros e cientistas, que encontraram ervas sem digerir em seus estômagos, o que é prova da súbita morte dos animais por causa de um repentino esfriamento. Tudo evidencia uma catástrofe que se desenvolveu ao mesmo tempo em todo o planeta.
Há alguns anos, enquanto se reparava um cabo submarino, apareceu próximo das Açores uma estranha pedra que resultou estar formada de traquilita, isto é, lava vítrea. Mas para que isto acontecesse era preciso que a erupção tivesse tido lugar na superfície, posto que a vitrificação da lava não se produz em contato com a água. Os cientistas não puderam negar que há menos de 15.000 anos o solo marinho do atlântico estava elevado sobre as águas e que após múltiplas erupções vulcânicas, foi afundado.
Uma glaciação em 24 horas
Muito foi discutido sobre as causas deste desastre. Existe quem pensa que a terra deu a volta sobre si mesma, que houve uma variação em sua órbita, e inclusive que se produziu um corrimento da camada terrestre, que deslizou sobre o núcleo, no qual descansa como se tivesse almofadas.
No entanto, parece que a teoria que conta com mais adeptos é a de um súbito aquecimento nas calotas polares, que provocou o derretimento do gelo, produzindo uma elevação do nível das águas da ordem de uns 100 metros, e formando uma onda de proporções descomunais que varreu por completo tudo quanto encontrou em sua passagem. O departamento de geologia da Universidade de Miami aponta sem dúvidas a esta tese, apoiando-se em suas investigações levadas a cabo no Golfo do México. Foi isto o que levou a Atlântida? Isso acreditam aqueles que opinam que a glaciação européia termina precisamente quando a corrente quente do golfo chega até suas costas, coisa que antes não ocorria, segundo eles porque havia um obstáculo no meio do oceano que o impedia e que eles identificam como um continente perdido.
Mas existiu realmente?
Grandes tem sido as mudanças ocorridas no oceano Atlântico. As ilhas e arquipélagos que hoje estão disseminados, poderiam muito bem formar no passado um agrupamento muito mais próximo. Inclusive a Groelândia e Islândia, tão longe às Canárias, por exemplo, pode ser que não o estivessem tanto há alguns miIhares de anos. Groenlândia significa "terra verde", o que é um paradoxo em nossos dias ao estar completamente coberta de neve e gelo praticamente todo o ano. Mas antes não era assim. A arqueologia descobriu restos de culturas tropicais, arados e outros utensílios que indicam o uso contínuo da agricultura, e portanto, a existência de um clima muito mais benigno. Além disso, temos os geisers e mananciais de água quente, que muito bem poderiam ser os mesmos de que nos fala Platão.
Migrações frustradas ao centro do Atlântico
Mas ainda existe mais: cada ano pode contemplar-se um nutrido grupo de aves que se dirigem em formação ao centro do oceano e que revoam desesperadamente por cima das águas, como querendo pousar sobre elas. Seu instinto as levou ali, prometendo-lhes uma feliz existência ao chegar à meta, mas quando terminam sua viagem não encontram nada mais que água salgada. Seu instinto não lhes engana, o que acontece é que desapareceu a terra que esperavam encontrar.
O mesmo acontece com outros animais e não vamos falar precisamente das enguias, e crias da enguia cujo comportamento continua sendo uma incógnita, mas dos lemines, um pequeno grupo de roedores escandinavos que periodicamente, cada três anos e meio, abandonam as terras em que vive, para ir em manada mormorrer no centro do Atlântico.
Além disso é indubitável que teve de existir um caminho para que a grande quantidade de plantas iguais que existem nos continentes que delimitam o Atlântico, pudessem cruzá-lo. Da mesma forma que o cruzaram os artistas que esculpiram elefantes em território maia e azteca, quando na América nunca existiram estes animais. Mas para certificar a veracidade do relato de Platão, falta ainda que a ciência mergulhe e nos dê a prova definitiva da existência do que chamamos Atlântida. Enquanto isso, muita gente ficará com a vontade de ter o meio para fechar a boca definitivamente aos céticos que necessitam ver para crer.

Retirado do Site Esoterikha.com

Lemúria ou Continente Mu



Lemúria é o nome de um suposto continente perdido, localizado no Oceano Índico ou no Oceano Pacífico. A idéia teve origem no século XIX, pela teoria geológica do Catastrofismo, mas desde então tem vindo a ser adotada por escritores do Oculto, assim como pelo povo Tâmil, da Índia. Relatos sobre a Lemúria diferem quanto à maioria dos pormenores. No entanto, todos partilham a crença comum de que o continente existiu na pré-história mas afundou no oceano devido a alterações geológicas. A maioria dos cientistas considera hoje continentes submergidos uma impossibilidade física, dado a teoria da Isostasia. De onde tiraram sua civilização os moradores da mítica Atlântida? Talvez foram eles mesmos que lavraram degrau por degrau. No entanto, existe quem acredite que antes deles houve um povo todo-poderoso e conhecedor de uma enorme cultura, que seria o que difundiu pelo planeta seus conhecimentos, dando base a todos os pontos comuns que podem ser encontrados nas diversas civilizações.
Para alguns, este país Mu, estaria no meio do oceano Pacífico, entre a Austrália e a América, e para outros, seria parte de um supercontinente formado, em bloco, pela Sulamérica, África, o Indico, a península Índia, Austrália e Polinésia, ao qual se denominou caprichosamente Gondwana.
No que parecem estar de acordo todos, é em que uma cultura superior floresceu na terra desde há 100.000 anos até há 25.000, ainda que alguns a estendam até os 12.000, incluindo a Atlântida como pertencente à mesma.
As Tábuas Naacal
Poucas notícias se tinham deste continente perdido até finais do século passado. Um militar britânico, J. Churchward, disse que um sacerdote hindú lhe ensinou uma língua, a nagamaia, morta desde há milhares de anos, e posteriormente lhe mostrou algumas tábuas nas quais se falava da criação do mundo e da primeira colonização da terra, levada a cabo pelos habitantes de Mu, chamados uigures. Nelas se descreve uma religião de tipo monoteísta, que parece ser o modelo em que foram baseadas as demais. O universo é criado em sete dias a partir das ordens que dão as sete inteligências supremas do Deus Celeste, e o homem é criado à imagem e semelhança de Narayana, o intelecto do espírito criador, que o dota de alma para que seja o rei da criação. A origem da humanidade teria estado no hipotético Mu, e seus povoadores parece que foram abandonando pouco a pouco suas primitivas formas religiosas, até que seu deus decidiu castigá-los pelo estado de decadência a que haviam chegado, e lançou um cataclismo que se apagou da face da terra.
As histórias de J. Churchward não pareceram ser acolhidas com excessivo entusiasmo pelos cientistas da época. Mas logo apareceram novos dados em que apoiar esta suposta coluna fundamental na qual se baseariam, direta ou indiretamente, todas as culturas que no mundo aconteceram.
Os Lémures
Já o cientista Slater, em meados do século passado, havia ficado estupefado ao descobrir que um grupo de primatas, os lémures, habitavam tanto em Madagascar como na Malásia. Dado que era impossível que estes monos tivessem atravessado o oceano indico a nado, se fazia obrigado a pensar que, em algum momento indeterminado da história, ambas as regiões haviam estado unidas. Foram muitos aqueles que a partir desta teoria, rebatizaram a Mu com o nome de Lemuria, em honra destes animais tão viajantes. Darwin sentiu-se ditoso de saber que o berço do mundo levava nome de macaco.
Semelhança de Culturas
Por outra parte, sempre havia assombrado o paralelismo existente entre as culturas mais az-teca, por um lado, e as do Egito e Mesopotamia, por outro. Havia algo de comum em todas elas? Evidentemente uma série de sinais externos assim o fazia pensar, como indicando que todos eram provenientes de um crisol comum. A esta mesma conclusão chegou o cientista norte-americano Willian Niven que encontrou em Ahuizoctla, México, por volta de 1921, nada menos que 2.500 tábuas de terra cozida, que respousam no Museu Smithsonian e no Instituto Carnegie de Washington, e que tinham a particularidade de não ter nenhum traço comum nas diversas escritas pré-colombianas. O descobrimento foi realizado sob um altar de sacrifícios, como dando a entender o valor da relíquia sagrada que possuíam. Foi o próprio Churchward, verdadeira figura estrelar de tudo quanto toque acerca do desaparecido continente de Mu, quem decifrou o significado achado de W. Niven. Segundo ele, estavam escritas na mesma língua que as Naacal, ainda que os sinais de muitas delas pareciam estar talhados por mãos muito inexperientes. Se falava de conhecimentos incrivelmente avançados sobre as forças cósmicas. Também se falava de uma geração das dez tribos primitivas que povoaram Mu e que deram origem a todos os povos e raças. De como se internaram no mar e se estabeleceram em outras terras, o que explicaria o porque os habitantes do Nilo dizem vir do leste ou do oeste segundo sejam da bacia alta ou baixa. Parece haver alusões à Atlântida, desde a que por sua vez empreenderam! novas colonizações pela África, Europa e América. Inclusive se dá a entender que os habitantes desta nação fundaram Atenas e que uma de suas rainhas, Moo, é a modelo da esfinge de Gize, a quem estaria dedicada como tributo por ter visitado as colônias egípcias em uma de suas viagens. O que não cabe dúvida o teor das interpretações sobre o conteúdo de ambos os grupos de tábuas, é que Mu era a mãe pátria dos primeiros colonizadores da terra.
Os códigos Maias
Algo parecido pretendem inferir os aficionados ao tema,de sendo códigos maias escritos há uns 3.500 anos. O primeiro deles, chamado Manuscrito Troano, em honra de seu proprietário Dom Juan Tro e Ortelano, professor da Universidade de Madri, e que atualmente está depositado no Museu Britânico de Londres, fala de um país cuja exitência se remonta a mesma margem dos tempos. O texto diz; "Depois de ter sido levantado duas vezes, o país de Mu, desapareceu em uma só noite, depois de rebentar por baixo por causa de vulcões subterrâneos.
O continente subiu e baixou repetidas vezes Suas dez nações afundaram com seus 64 milhões de habitantes.
O resto do relato dá a entender que isto ocorreu há muitos anos, antes inclusive de que desaparecesse a Atlântida e de que se produzisse o Dilúvio Universal.
Pouco mais ou menos, o mesmo resulta do Código Cortesiano e outros registros. Por eles sabemos que predominava a raça branca, ainda que já existiam diversas tonalidades de pele, que seus habitantes viajaram por todo o mundo e que foi aniquilado pelos deuses. No Código Cortesiano, escrito por Yucatán e atualmente na Biblioteca Nacional de Madri, se diz:
"Com seu poderoso braço Homem fez que a terra tremesse depois do por do sol, e durante a noite, Mu, o país das colinas, foi submerso".
Balas de há 40.000 anos
Já existia o homem como ser civilizado e possuidor de uma cultura há 100.000 anos? A arqueologia somente descobriu restos humanos muitos primitivos que datam daquela época. Ao mais que se chegou é a estabelecer a existência de um ser ereto que não se sabe se estava aparentado com os primatas que conosco. Como é possível então que apareçam restos de um cujo esqueleto apresenta claramente um orifício limpo de estrias, que somente pode ter sido causado por uma bala. E guardado como ouro em pó em pano no Museu Paleontológico de Moscou e os cientistas que o examinaram não lhes concedem menos de Mais ainda existe mais. No Museu da História Natural de South Kensington, Londres, pode ser contemplada uma caveira humana, encontrada em Broken Hill(Rodesia), que apresenta outo orifício limpo no meio da frente. Nenhum utensílio pré-histórico poderia tê-lo causado, qualquer um teria estriado o osso, somente a bala de uma arma de fogo poderia deixar um buraco tão cilíndrico. Este crânio foi analisado de todos os pontos de vista possíveis. Impossível outorgar-lhe menos de 40.000 anos. A melhor explicação seria, então, que passaram pela terra alguns seres que tiveram a suficiente tecnologia como para servir-se de armas de fogo. O seguinte escalão, seriam as armas nucleares, e daí a possibilidade de uma catástrofe mundial, somente existe um passo. Um passo que talvez já foi produzido por partida dupla neste planeta, levando primeiro a Mu e mais tarde a Antártida.


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Atlântida - O Continente Perdido

Nada sabemos de nossos mais remotos antepassa dos. Pouco a pouco vão saindo à luz restos de culturas milenares que possuiam alguns conhecimentos científicos extraordinários. Porém um dia ocorreu uma catástrofe de enormes dimensões, que as varreu da face da terra. O mais alarmante de tudo é que talvez seja exatamente esse, o destino que nos aguarda.
A Atlântida segundo Platão
Se então existe muitas civilizações que parecem ter desaparecido sem deixar rastro, a mais popular de todas elas não resta dúvida de que é a Atlântida.
Pese a isso todos os relatos mais ou menos fantásticos que povoam as bibliotecas de todo o mundo relativos ao tema, existem uma série de documentos que não podem ser deixados de lado. Iniciando pelo primeiro de todos os conhecidos, devido a um dos escritores de mais prestígio de todos os tempos. Platão, a quem se tem por um dos grandes gênios da história, dedicou a este tema três de seus Diálogos, dos quais infelizmente somente nos chegaram dois, "Timeu" e "Critias", sem que se saiba a ciência certa se o último da trilogia, correspondente ao relato de Hermócrates, chegou a ser escrito alguma vez ou se pelo contrário permaneceu inédito.
Uma Lenda Egípcia
Disse Timeu que ouviu contar esta história a Solón, um dos sete sábios da Grécia, quem por sua vez havia escutado dos lábios de um sacerdote egípcio em Sais. O começo do relato não poderia ser mais catastrófico: os homens já haviam sido destruídos e o tornaram a ser de muitas maneiras. A última, e talvez a mais dramática das vezes, havia ocorrido 9.560 anos antes da narração. Naquele tempo, mais além das Colunas de Hércules, existia uma ilha do tamanho de um continente, mais extensa que a Líbia e a Ásia Menor juntas, à qual chamaram Atlântida em honra de seu primeiro rei e fundador, Atlas, filho de Poseidon. Do contexto se desprende que estava no meio do oceano, e que se tratava de um arquipélago, pois se afirma que saltando de uma a outra ilha se podia passar de um continente a outro. Na repartição do mundo que fazem os deuses, a ilha correspondia a Poseidon, senhor dos mares. Ali habitava um dos homens que originalmente havia nascido da Terra, Eveneor, convivendo com uma mortal, Leucipa, com a qual havia tido uma filha, Clito, de extraordinária beleza. Ao morrer seus pais, Poseidon a desejou e uniu-se a ela, nascendo uma série de filhos com os quais seria populada a ilha, sob o reinado do primogênito Atlas.
A cidade inexpugnável
Para proteger a seus filhos e separar a sua amada do resto dos mortais, o deus decide fortificar o território por meio de um canal de cem metros de largura, outro tanto de profundidade e dez quilômetros de comprimento, que conduzia a outro canal interior, que fazia as vezes de porto, no qual puderam ancorar os maiores navios da época. Em seguida foram abertas eclusas para atravessar os outros dois cinturões de terra que rodeavam a cidadela situada na ilha central, de forma que somente poderia passar um navio de cada vez. Estes canais estavam cobertos com tetos, pelo que a navegação se fazia por baixo da superfície, que estava elevada com relação ao nível do mar.
Riquezas inigualáveis
O primeiro fosso tinha 500 metros de largura, igual à porção de terra que circundava, à modo de atol. O segundo era menor, 300 metros, o mesmo que o seguinte anel de terra. Por último havia uma terceira franja de água de 150 metros de largura que rodeava a cidadela ou acrópole, com um diâmetro de 69 quilômetros. Esta ilha central estava totalmente amurada, com torres de vigilância de pedra de diversas cores, branco, negro e vermelho, artisticamente combinados. O muro que protegia a primeira das ilhas estava revestido inteiramente de cobre, e de estanho fundido o da segunda. A cidade tinha um muro coberto por um desconhecido metal, o oricalco, que etimologicamente quer dizer cobre das montanhas, e que somente era inferior ao ouro. No centro da acrópole se levantava um templo dedicado a Poseidon e Clito, rodeado de uma cerca de ouro. Tinha 200 metros de comprimento, 50 de largura e uma altura proporcional. O exterior estava revestido em prata, menos os ângulos do teto, que estavam cobertos de ouro. O interior era de oricalco, com artesanato de marfim e adornos de ouro e prata. Presidia o templo uma estátua do deus, sobre um carro puxado por seis cavalos alados, todo ele de ouro maciço, rodeado por 100 nereidas (ninfas do mar) montadas sobre delfins, junto a outras estátuas doadas pelos cidadãos.
O paraíso perdido
Toda a ilha estava repleta de artísticas figuras em metais preciosos, o que pode dar-nos uma idéia das riquezas existentes, não somente em metais, com reservas de todos eles, duros e maleáveis, que puderam ser extraídos das minas, mas também em madeiras, animais domésticos e selvagens, incluindo um tipo desconhecido de elefante. Proliferavam as essências aromáticas, grandemente apreciadas, todo tipo de vegetais e frutas exóticas, e havia alimentos em abundância. Platão nos fala de um fruto de aspecto lenhoso que era toda uma panacéia. Proporcionava bebida, com dotes medicinais, comida e perfume.
Além disso contava a ilha com duas fontes inesgotáveis de água, um fria e a outra quente, descobertas pelo próprio Poseidon, que serviam para rega agrícola e para atender todas as necessidades humanas. Construíram tanques e piscinas, algumas cobertas, que serviam para tomar banhos quentes durante o efêmero inverno. Seu grau de civilização era tão grande que inclusive havia banhos para atender à higiene dos animais, pelos quais sentiam uma grande paixão, especialmente pelos cavalos, não faltando um imponente hipódromo para congregar à afeição.
Floresciam as artes, as ciências e os ofícios, havia um extenso comércio com o exterior e seus habitantes realizavam viagens a todas as terras conhecidas do planeta, levando com eles sua cultura e civilização.
Um extenso império
Os domínios atlânticos não ficavam limitados a esta ilha, que viria a ser a capital do reino, mas havia todo um arquipélago, dos quais as atuais Canárias, CaboVerde e Madeira podem ser um mínimo vestígio. Além disso seu domínio se estendia pela África até o Egito e pela Europa até a Etruria. Contava com um exército de mais de um milhão de soldados, 10.000 carros de combate, 250.000 cavalos e 1.250 navios, que a faziam invencível ante qualquer outra potência da época. Este império era governado por dez reis, que se reuniam alternativamente cada cinco e seis anos no Templo de Poseidon, para deliberar sobre os assuntos comuns, julgando as possíveis infrações que algum deles houvesse cometido, e realizando uma série de cerimônias rituais nas quais lutavam a corpo limpo com touros selvagens.

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